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Acabei o curso: e agora?

Em Setembro de 2021, juntei-me ao departamento de Management Consulting da KPMG em Portugal no que foi o culminar de muitos anos de trabalho e dedicação. E começo pelo fim para agora explicar todo o processo que me levou até onde me encontro atualmente.

Licenciei-me na FEP em Economia, estagiei no departamento financeiro do Grupo Pestana em Moçambique e tornei-me mestre em Gestão pela Nova SBE. Foi precisamente durante o mestrado que o gosto pela consultoria surgiu, já que tive a oportunidade de aprofundar o conhecimento nesta área tanto em cadeiras específicas como ao desenvolver um projeto de consultoria como tese.

A entrada na KPMG surge então de forma natural, após um processo de recrutamento simples e apelativo em que realizei dinâmicas de grupo, dinâmicas individuais e em que fui entrevistado por dois quadros superiores da empresa. De uma forma geral, o que é pedido é que não nos deixemos levar pelo nervosismo nem nos retraiamos quando desafiados pelo “partner”, sendo nós próprios – para alguém que já entrevistou dezenas ou centenas de candidatos é fácil perceber quem está a ser genuíno ou o seu contrário.

Falando agora da minha experiência após um ano na KPMG, posso afirmar que tem sido incrivelmente enriquecedora e desafiante. Já tive a oportunidade de trabalhar em seis projetos diferentes nas mais diversas áreas – automóvel, saúde, telecomunicações e tecnologia – tendo trabalhado não só com clientes nacionais espalhados por todo o país como com clientes internacionais (altura em que viajei por duas vezes até à Arábia Saudita). Para quem gosta de se adaptar e de não ter um trabalho rotineiro está no sítio certo.

Em todos os projetos em que estive o que me foi sempre pedido foi ter um alto sentido de responsabilidade ao desenvolver os trabalhos que me fossem entregues. Nunca me foi pedido que soubesse tudo à primeira, mas sim que me desafiasse e que não tivesse medo ou vergonha de tirar dúvidas sempre que precisasse – toda a gente que lá trabalha quer e gosta de ajudar e valoriza quem procura aprender e quem demonstra interesse em executar com qualidade.

Ao nível pessoal existe também um grande ambiente e uma grande abertura para se criarem relações interpessoais entre colegas de trabalho, que se poderão estender para além do horário de trabalho se assim o quisermos. Não é muito diferente da realidade de quem faz parte de organizações estudantis como a FFC.

O rápido crescimento pessoal e profissional que caracteriza empresas como a KPMG vem essencialmente destes factores supramencionados. Num ano aqui fiz o que muito provavelmente não faria em vários anos noutros locais e, por isso, não é de estranhar que seja um tipo de empresa muito aliciante para começar a carreira e, quem sabe, progredir lá dentro.

Guilherme Coelho

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